domingo, 21 de setembro de 2008

Benedicto Calixto

Santos Antiga 1922 óleo sobre tela, 20 x 90 cm. Coleção: Pinacoteca Benedicto Calixto
Benedicto Calixto de Jesus nasceu na pequena Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém (hoje município de Itanhaém), em 14 de outubro de 1853.
Na infância, conforme relato de Benedicto Calixto de Jesus Neto seu avô, já revelou o talento que o transformaria no grande pintor: Sua paixão era desenhar, com barras de carvão que ele mesmo preparava, os aspectos das paisagens do local em que vivia. Ajudava ainda o velho vigário nos misteres da Igreja Matriz, acompanhando-o, rio Preto e rio Branco acima, na sua obra missionária. Pintava ‘ex-votos’ que os fiéis seus amigos penduravam, cumprindo promessas, ao lado dos altares dos santos de suas devoções, na Igreja Matriz.
A pacata Itanhaém, no entanto, não oferecia grandes possibilidades profissionais para o futuro artista. A cidade de Santos, apresentando uma nova dinâmica social e econômica pelo crescimento da movimentação de seu porto, foi o destino escolhido por Calixto.

Em maio de 1877, Benedicto Calixto casou-se com sua prima Antonia Leopoldina de Araújo e transferiu-se para cidade de Brotas, onde produz suas primeiras telas.

Em 1884, Benedicto Calixto voltou a residir em Santos. No ano seguinte, teve sua primeira experiência no Colégio Azurara como professor de desenho, atividade que manteria por décadas tanto em seu ateliê como em outras escolas. O crescimento urbano da cidade e o surgimento de novas empresas (como a Companhia Docas de Santos, responsável pela modernização do porto) favoreceram a produção do artista, com a encomenda de novas telas. O pintor expõe em Santos e São Paulo, onde fixou residência no período de 1890 a 1894, provavelmente na tentativa de ampliar sua inserção no meio artístico paulista. Retornando ao litoral, Calixto passou a residir em São Vicente, onde em 1897 constrói sua residência e ateliê.

Benedicto Calixto morreu em 31 de maio de 1927, na casa de seu filho Sizenando em São Paulo. Seu corpo foi enterrado no Cemitério do Paquetá, na cidade de Santos, com grandes homenagens de seus conterrâneos e amigos.

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