sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Engenho dos Erasmos



Em 1533, aproveitando as quedas d'água do Rio Jurubatuba aos pés do Morro da Nova Cintra, no atual bairro da Caneleira,na cidade de Santos, foi construído o terceiro engenho de cana-de-açúcar do Brasil. Iniciativa de Martim Afonso de Souza, que formou a sociedade "Armadores do Trato", o Engenho dos Erasmos, em estilo açoriano, tinha um moinho d'água com plataforma para vencer o terreno desnivelado e possuía unidades administrativa e residenciais, inclusive senzalas para os escravos. Produzia cana para exportação e rapadura e aguardente para o consumo interno. Em 1540 um dos sócios, o holandês Erasmus Schetz, adquiriu a parte dos outros. A moenda funcionou até o início do século 18, quando entrou em decadência e, por fim sofreu um incêndio que o destruiu quase que completamente, restando apenas ruínas. Em 1943 os terrenos foram comprados por Otávio Ribeiro de Araújo, que loteou a propriedade e doou o Engenho São Jorge dos Erasmos à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, em 1958.Considerado importante sítio arqueológico, foi tombado nas 3 esferas (municipal, estadual e federal). Devido a um desabamento de parte das parede, a USP suspendeu as visitas temporariamente, reabrindo novamente no final de 2004. Atualmente, as ruínas abrem das 9h às 16h, com programas especiais nas férias.

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