Eu ando alheio, há muito, ao que se passa
sob a miséria e os torvelinhos da rua;
desconheço o clamor da população
e a vaidade, que em tudo tumultua.
Vivo do seu amor, da sua graça,
Vivo do seu amor, da sua graça,
e adoro, sob a névoa que flutua,
através da cortina e da vidraça,
a palidez romântica da lua.
Em cada riso, em cada olhar, em cada
Em cada riso, em cada olhar, em cada
anseio que de ti me vem, querida,
sinto que cada vez és mais amada.
E assim, longe do mundo, refletida
E assim, longe do mundo, refletida
tua alma na minh'alma, és alvorada
Monumento situado no jardim da praia próximo ao Aquário Municipal de Santos
Publicou: "Jornada Lírica" (poesias, 1920); "Flâmulas" (poesias, 1925 - obra póstuma).
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